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‘Atrasadinha’: Felipe Araújo e Ferrugem levam ‘pagonejo’ sobre amor ‘certinho’ ao nº 1 no Brasil

19/11/2018

Vídeo: 5 fatos sobre atrasadinha

Um fenômeno despontou na preferência dos brasileiros em outubro e manteve a liderança em novembro. O centro da força está entre o Rio de Janeiro e o Centro-Oeste, mas o país todo se rendeu: “Atrasadinha”, de Felipe Araújo e Ferrugem, é a música mais tocada no Brasil.

A faixa faz parte do DVD do goiano Felipe Araújo, nome em ascensão no sertanejo, irmão caçula do falecido Cristiano Araújo. Mas a base da música é o pagode do carioca Ferrugem, carioca que lidera o ressurgimento do estilo nas paradas atuais.

O “pagonejo” ainda teve ajuda do vídeo que virou meme com o jogador Vinícius Júnior tentando reproduzir a voz fininha de Felipe e Ferrugem.

Em “Atrasadinha”, eles cantam sobre um cara que se arruma todo, passa perfume e vai ao restaurante encontrar “uma boa menina”. Ela se atrasa, mas aparece. Ele dispensa o “vinho do bom” e faz suspense para dizer o que quer fazer… dar um beijo nela.

“Essa música é um pouco conservadora, certinha. A mulher chega atrasada e ele faz o melhor possível para impressionar, para dar no máximo um beijo. Não tem nada pesado, pejorativo, é leve”, descreve o próprio Felipe, 23 anos.

“É uma música curta, de assunto simples, entra fácil na cabeça da galera. Sem contar que é para cima”, opina Ferrugem – apelido de Jheison Failde de Souza, 30 anos. Seu maior hit anterior foi “Pirata e tesouro”, no começo deste ano.

Pagonejo gourmet

Além do personagem bom moço, o cenário é diferente de sucessos anteriores do sertanejo e pagode. A mudança de ambiente foi planejada, conta Diego Barão, coautor da música com Winnie Nogueira e Léo Brandão.

“O povo já estava falando muito de boteco, copo americano, cerveja. Fomos para outro lado. E se fosse um jantar? Eu gosto de um vinho. Muita gente não ia discernir um cabernet sauvignon de um suave, então botamos um ‘do bom’ na letra. Levamos para o lado gourmet”, explica o autor.

Diego tem 29 anos, vive em Recife e de lá transita no novo pop brasileiro. Ele já trabalhou para Wesley Safadão (“Tropa dos solteiros”) e os MCs Bruninho e Livinho (“Beijinho gostoso”). De olho no sertanejo, ele faz viagens regulares para Goiânia para fazer parcerias – assim surgiu “Atrasadinha”.

“Ultimamente eu tenho feito muita música falando disso. Esse papo do cara que quer um amor perfeito, cansado de balada, busca algo de verdade. O mercado estava precisando deste papo positivo. Veio uma sequência de sofrência muito grande, e agora respiramos novos ares”, diz Diego.

Vinícius X tom

Além da conexão carioca-recifense-goiana o sucesso da música ainda passou por São Gonçalo e Madrid. É que o jogador Vinícius Júnior, nascido na cidade fluminense e morador da capital espanhola, onde joga pelo Real Madrid, resolveu fazer sua versão de “Atrasadinha”.

O vídeo caseiro em que Vinícius, de terno e óculos escuros, tenta chegar ao tom agudo dos cantores oficiais, se espalhou rapidamente e ajudou a divulgar a música.

“Na verdade o cantor dessa música é o Vinícius Júnior. Eu só lancei. Foi depois do vídeo dele que chegou em primeiro lugar”, Felipe agradece.

“O Vinícius é amigo meu e ficou muito apaixonado por essa música. Ele me mandou alguns vídeos cantando pelo ‘direct’ do Instagram. E eu falei: ‘Cara, manda também pelo WhatsApp’. Ele mandou e postou também. Aí virou aquela coisa, fizeram muitos memes”, conta o sertanejo.

Fonte: G1 Música

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