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Elke sai de cena, mas também deixa discos e shows no versátil currículo

16/08/2016

Morta na madrugada de hoje, aos 71 anos, Elke Maravilha (22 de fevereiro de 1945 – 16 de agosto de 2016) foi uma artista tão versátil e fora dos padrões que deixou currículo que inclui até discos e shows. Russa nascida em São Petersburgo que veio para o Brasil aos seis anos de idade, tendo sida criada na cidade mineira de Itabira de Mato Dentro, Elke Georgievna Grunnupp também se definia como uma “intérprete musical”, entre outros atributos profissionais.

Ciente dessa faceta musical da atriz, apresentadora, jurada e modelo, o produtor Thiago Marques Luiz convidou Elke para gravar, em abril de 2012, O xote das meninas (Luiz Gonzaga e Zé Dantas, 1953) para o álbum triplo 100 anos de Gonzagão, idealizado em tributo ao centenário de nascimento do cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga (1912 – 1989).

Encerrada no ano passado com participação na faixa-título do terceiro álbum solo de Karina Buhr, Selvática (2015), a carreira fonográfica de Elke começou em 1972, ano que ela foi convidada a ser jurada do programa de calouros do apresentador Abelardo Barbosa (1917 – 1988), o Chacrinha. Naquele ano, Elke fez a primeira gravação profissional, registrando aMarcha da zebra (Chico Mendes, Álvaro Castilho e Cláudio Paraíba) para o álbum folião Rio, Carnaval e amor 1973 (Imagem).

Quatro anos depois, Elke repôs o bloco na rua como “intérprete musical”, dando voz a duas músicas dos compositores Rogê e Leonete, Gira roda e Juju, para o álbum duplo Carnaval, amor e fantasia, lançado pela gravadora RCA em 1976. As faixas de Elke geraram compacto promocional enviado às rádios pela gravadora.

Em 1980, quando Elke encenava com Cidinha Campos e Berta Loran o espetáculo de humorSó para mulheres, o trio aproveitou a deixa e foi para o estúdio gravar compacto pela gravadora WEA com a música-título, de autoria de Arnaud Rodrigues (1942 – 2010) e Renato Piau.

Três anos depois, em 1983, Elke voltou aos estúdios pela gravadora Chantecler e gravou compacto com as músicas Joia rara (Spaziani e Alcymar Monteiro) e Que vontade de comer goiaba (José Ramos).

Nos palcos, a “intérprete musical” fez dois shows, Elke – Do sagrado ao profano (2009) e Elke canta e conta (2015), espetáculo comemorativo dos 70 anos desta esfuziante artista de múltiplos talentos.

Fonte: G1

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