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Jay Z lança ‘spiritual’, música sobre violência policial contra negros; ouça
O rapper americano Jay Z lançou nesta quinta-feira (7) a música “spiritual”, sobre a violência policial contra negros nos Estados Unidos. A faixa é a primeira do artista desde o disco “Magna Carta… Holy Grail” (2013). Um trecho da letra diz: “Yeah, eu não sou veneno, não, eu não sou veneno/ Apenas um moleque da vizinhança que/ Botou as mãos para o alto/ Em desespero, não atira/ Eu apenas quero fazer o bem, ah”.
Clique aqui para ouvir ‘spiritual’, de Jay Z.
O lançamento aconteceu no serviço de música por streaming Tidal, que pertence ao próprio Jay Z. Ao divulgar “spiritual”, o artista soltou uma nota em que afirma: “Fiz esta música um tempo atrás, eu nunca cheguei a terminá-la. Punch (TDE) [Terrence Henderson, copresidente da gravadora Top Dawg Entertainment] me falou que eu devia lançá-la quando Mike Brown morreu, e eu infelizmente disse a ele: ‘este assunto será sempre relevante'”. Brown foi morto a tiros aos 18 anos em agosto de 2014, em Ferguson, nos Missouri. A morte desencadeou uma série de protestos e manifestações nos EUA.
Jay Z continua: “Fico magoado por saber que a morte dele não seria a última… Estou triste e desiludido com ESTA América – devíamos estar mais à frente. NÓS NÃO ESTAMOS. Acredito em Deus sei que tudo que acontece é por um bem maior, mas, cara… É duro. Bençãos para todas as famílias que perderam entes queridos para a brutalidade da polícia”.
O texto é acompanhado de uma citação de Frederick Douglass, pseudônimo do abolicionista e escritor americano Frederick Augustus Washington Bailey (1818-1895). “”Onde a justiça é negada, onde a pobreza é imposta, onde a ingnorância prevalece e onde todas as classes são levadas a sentir que a socidade é uma conspiração organizada par oprimir, roubar e degradá-las, nem pessoas nem propriedades estarão a salvo”.
Beyoncé também protestou
Também nesta quinta, a cantora Beyoncé, com quem Jay Z é casado, divulgou em seu site uma carta de protesto. Ela escreveu no texto que a comunidade não precisa de compaixão, mas sim respeito por suas vidas.
Ela citou as mortes de Alton Sterling, um homem negro de 37 anos morto na terça-feira (5) em Baton Rouge, na Louisiana, por dois policiais brancos, e do jovem Philando Castile, que morreu na quarta-feira (6) em Falcon Heights, em Minnesota, em outro incidente com agentes que o prenderam por uma infração de trânsito.
“Estamos fartos e cansados dos assassinatos de homens e mulheres jovens em nossas comunidades. Depende de nós tomar uma posição e exigir que eles ‘parem de nos matar'”, escreveu a cantora.
Fonte: G1