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Jovem com “pior dor do mundo” deixa a UTI após tratamento para reduzir sintomas

16/07/2024

Carolina Arruda, de 27 anos, que tem neuralgia do trigêmeo, doença da “pior dor do mundo”, afirmou nesta segunda-feira (15) que não está sentindo dores após deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e retornar para um quarto da Santa Casa de Alfenas, onde está internada desde a semana passada para tratamento que busca reduzir os sintomas.

Durante os dias de sedação, dezenas de exames foram realizados para avaliar a condição e o tratamento a ser seguido por Carolina. Um exame de ressonância magnética também confirmou a origem da dor.

Ainda segundo o médico, os últimos detalhes do tratamento a ser seguido ainda estão sendo definidos antes de qualquer divulgação para a imprensa.

Na semana passada, momentos antes de ser levada para a UTI da Santa Casa de Alfenas, Carolina Arruda afirmou que estava feliz em iniciar mais um tratamento que busca diminuir as dores constantes e intensas que ela sente desde os 16 anos de idade.

“Confesso que senti uma faísca de esperança”, disse a estudante mineira na oportunidade, que também contou que o tratamento será gratuito.

Também na última semana, o médico Carlos Marcelo ressaltou ainda que cada etapa deve ser realizada com muita cautela. Segundo ele, “tratamentos como o da Carolina são complexos e demorados. Eles devem ser realizados com base nas melhores evidências científicas disponíveis”.

Após o diagnóstico, Carolina Arruda realizou vários tratamentos com outros médicos e cirurgias, como descompressão microvascular, rizotomia por balão e duas neurólises por fenolização, mas sem alívio que trouxesse qualidade de vida para ela.

A dor e o desgaste de Carolina com a doença são tão intensos, que fizeram ela tomar a decisão para pôr fim ao sofrimento. Ela faz uma campanha na internet para conseguir recursos financeiros e ser submetida ao suicídio assistido na Suíça.

A Suíça é um dos poucos no mundo onde a assistência médica para o suicídio é legal. Contudo, os pacientes precisam fornecer provas da condição médica, passar por avaliações psiquiátricas e demonstrar um desejo claro e consistente de pôr fim à vida.

As organizações que facilitam o suicídio assistido na Suíça oferecem apoio cuidadoso para garantir que a escolha do paciente seja respeitada, e que o processo seja conduzido com dignidade.

“Queria que refletissem com mais empatia. Tomar essa decisão não foi fácil e ela foi baseada em muitos tratamentos e experiências negativas, ouvindo de médicos que não tinham o que fazer. Peço um pouco mais de compaixão”, finalizou.

O que é a neuralgia do trigêmeo?

A neuralgia do trigêmeo, também conhecida como a “doença do suicídio”, e comparada a choques elétricos e até a facadas. O trigêmeo é um dos maiores nervos do corpo humano. Ele leva esse nome porque se divide em três ramos:

  1. o ramo oftálmico;
  2. o ramo maxilar, que acompanha o maxilar superior;
  3. o ramo mandibular, que acompanha a mandíbula ou maxilar inferior.

Ele é um nervo sensitivo, ou seja, que controla as sensações que se espalham pelo rosto. Permite, por exemplo, que as pessoas sintam o toque, uma picada e a dor no rosto.

Fonte: G1

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